sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Bomba Atômica

Bomba Atômica

Não me importa mais o que se possa construir
Porque as palavras que me restam não são as mesmas
Algo tão profundo e devastador vive aniquilando-me
Como um parasita que só deseja sugar-me até o fim
Não adianta lutar contra o inimigo que está em mim
Os olhos sem mesmo um pingo de brilho e vivacidade
Os pensamentos auto-destruitivos e entristecidos
No semblante da minha face uma expressão dolorida
Apenas respirando por obrigação de uma mera vida
Que os medos sejam meus desejos realizados
Um olhar horinzontalmente vendo um longo caminho
Para um lugar tão distante e misterioso
Que talvez esse tempo de contemplação
Seja o último instante de um tempo para mim mesmo
Por trás daquelas nuvens existe um mundo fascinante
Como a linha tênue entre a vida e a morte
Não existindo nenhum porto seguro para o coração
Somente um alimento para existência humana
E não me diga que há um poço de esperança
Depois que a bomba atômica atinge seu alvo
como uma seta de fogo queimando o paraíso
E todo o estardalhaço dos vidros cortam minha pele
Como as palavras de injúrias proferidas pelo caluniador
Os átomos separam-se como meus sonhos da realidade
Restando um longo caminho para encontrar meus pedaços.

Um comentário:

Aline disse...

Felipe!
Adoro suas poesias. Quem dera se eu fosse boa assim com as palavras.
Vou sempre dar uma passada aqui pra ler suas poesias.
Grande beijo malaco!