sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Angústia Juvenil


Angústia Juvenil

Às vezes acho que me sobra um vazio tremendo
Quando os dias passam iguais e não aprendo
Não entendo que a vida nos passa correndo
Que ficar preso ao passado e pensando no futuro

Deixa-me ébrio de tédio do presente e desacreditado
Talvez o meu amanhã mude como o tempo chuvoso
Ou mesmo possa sentir a travessia do destino
Ser não mais um martírio e sim um desatino

Um desatino de uma tarde chuvosa e introspectiva
Porque às vezes eu acho que o tempo é o reflexo
Reflexo do meu interior, tempestades de imprecisão
Rajadas de dúvidas que insistem em secar meu coração

Que a neblina não tome conta dos meus sentimentos
Que as tormentas não me atormente como pesadelos
E eu aqui esperando o ciclone possa levar o tédio
E que a chuva possa florir e trazer os bons momentos

O importante é que sempre haja tempo para mudar
Mesmo que seja apenas uma doce angústia juvenil
Como um livro de memórias póstumas aos meus sonhos
Que insiste em abrir sempre uma nova página.

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