domingo, 18 de novembro de 2018

Estender a mão


Num dia cinzento sua ausência se fez presente
Eu compreendi que eu era quem estava ausente
O quanto a distância nos transforma em nada
Em um pássaro que voa longe da revoada 

Eu percebi o valor de um gesto, de um abraço 
Para aqueles que vivem sem nada a esperar
Toda vez que senti a magnitude de estender o braço 
Pude aprender o valor daquilo que não se pode pagar

A maioria das conexões não nos levam a nenhum lugar
Não é a estrada que é tortuosa, são nossos passos egoístas
Incapazes de reconhecer outro caminho que possa nos levar
A olhar diferente para os diferentes de forma altruísta

Acorrentados nos vícios e na insistência de péssimas sensações 
De relacionamentos que agridem a capacidade de ver um outro mundo
Livres como animais no zoológico aprisionando as emoções
Ansiando pelo próximo contato virtualmente profundo   

Toda escolha carrega o peso de uma expectativa 
Todo ato de bondade traz uma paz que transborda
O vazio da existência de quem vive sem ter vida
A expectativa sem vida da esperança que não concorda

Que não se possa melhorar sua realidade nas coisas pequenas
Tudo é cíclico, gentileza gera gentileza! Gera reciprocidade 
Isso gera uma grande bola de neve que não se apequena
Da batida das asas de um borboleta até a alheia felicidade 

Toca esse mundo com tanta profundidade e cor
Toca esse coração e a vida faz mais sentido
E a maior revolução dos nossos tempos é o amor
Que irradia e ilumina a estrada de quem está perdido...



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