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Meu Jeito |
Em uma noite qualquer e bastante chuvosa
Amigavelmente na última batida do sino
Eu sinto que a morte chega para uma prosa
Aquela escolha que sela o meu destino
Estou certo que no amanhecer haverá saudade
E eu sei bem como é isso desde os 7 anos
Mas agora não há o que temer, apenas serenidade
Eu nunca fui de pedir clemência para esses "planos"
Eu estou certo o quão no fim todos somos iguais
Revendo escolha por escolha, erro por erro
Os sonhos que ficaram para trás ano após ano
O quão eu abri mão das coisas fundamentais
Para satisfazer e fazer feliz um alguém
Que no outro mês era um pleno desconhecido
E quantos também eu transformei em ninguém
O desconhecido vira sinônimo de descabido
Quantas vezes descabidamente eu chorei?
Quantas vezes desesperadamente eu sorri?
Quantas vezes eu apenas me arrependi?
Quantas vezes de tantas vezes eu errei?
Mas em todas essas vezes eu pedi desculpa
Nem que o travesseiro tenha escutado tal confissão
Em todas as vezes que senti essa culpa
Eu regressava para a insonia e a tal solidão
E no fim todos seguimos esse caminho
Eu pela teimosia construí essa estrada
Por vezes no vale das sombras sozinho
Por outras com uma alegria danada
Eu fiz tudo isso do meu jeito
Por vezes certo, por vezes errado
Eu quero levar no meu peito
A alegria de viver isso escancarado
A vida é uma montanha russa de sensações
Eu amei o suficiente para entender
Que jamais se despreza qualquer ser
Porque nunca haverá tais razões
No final nada realmente importa
A casa, o carro, o conhecimento
Ao atravessar aquela porta
Só posso levar o meu sentimento.
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