quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Poeta Fingidor


Sinto-me perdido tendo me encontrado
Sentimento de inadequação adequado
Eu nem sei mais ler as entrelinhas
Eu nem sei quais coisas são minhas

Eu era apenas um poeta fingidor
Escrevia coisas que nunca sentia
Agora é tudo muito assustador
Escrevo o que sinto todo dia

Eu que era tão racional
Fugia sempre que podia
E agora essa alegria
Fantasiosa mas real

Poesias às vezes te limitam
Rimas às vezes te delimitam
E as palavras não definem
E nem mesmo transmitem

O significado real do que se sente
A intensidade perturbadora na mente
E o quão isso mexe e revira por tudo 
Escondendo o meu medo lá no fundo

E como no alto da montanha
Sinto-me no paraíso 
E a um passo do precipício

E como uma teia de aranha
Preso e sem juízo
E livre para outro início

Acompanhado na solidão
Perto mas distante
Longe mas quente

Fogo da paixão
Eterno o instante
Quando o coração sente.

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