Sinto-me perdido tendo me encontrado
Sentimento de inadequação adequado
Eu nem sei mais ler as entrelinhas
Eu nem sei quais coisas são minhas
Eu era apenas um poeta fingidor
Escrevia coisas que nunca sentia
Agora é tudo muito assustador
Escrevo o que sinto todo dia
Eu que era tão racional
Fugia sempre que podia
E agora essa alegria
Fantasiosa mas real
Poesias às vezes te limitam
Rimas às vezes te delimitam
E as palavras não definem
E nem mesmo transmitem
O significado real do que se sente
A intensidade perturbadora na mente
E o quão isso mexe e revira por tudo
Escondendo o meu medo lá no fundo
E como no alto da montanha
Sinto-me no paraíso
E a um passo do precipício
E como uma teia de aranha
Preso e sem juízo
E livre para outro início
Acompanhado na solidão
Perto mas distante
Longe mas quente
Fogo da paixão
Eterno o instante
Quando o coração sente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário